Unidades Básicas de Saúde de Itabuna têm pouca eficácia, conclui secretário

Cobertura não chega a 40 por cento da população, diz governo
Ascom

 

A Secretaria de Saúde de Itabuna, depois de diagnóstico em todos os setores, definiu as cinco áreas prioritárias de atuação consideradas pré-requisitos para o retorno da gestão plena, atualmente sob controle da Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab). Esta semana o secretário Renan Araújo apresentou ao Conselho Municipal de Saúde (CMS) as metas para a prevenção e combate à dengue, melhoria da regulação (marcação de exames e consultas), da atenção básica e do Hospital de Base e auditoria na dívida existente .

 

A dengue terá atenção especial da secretaria para que Itabuna deixe o ranking do Ministério da Saúde, onde aparece como campeã nacional de focos de larvas do mosquito pelo quarto ano consecutivo de acordo o Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa). O secretário disse que uma equipe foi montada, sob a coordenação de um entomologista da Vigilância Epidemiológica do Estado, para que haja a redução dos indicadores de infestação e de casos da doença, além da mobilização interna e da própria população.

 

Na regulação, o secretário Renan Araújo informou que a partir de agora serão adotados critérios técnicos para acesso da população de Itabuna e da macrorregião referenciada aos serviços. “Estamos adotando medidas para evitar  viés político eleitoral e práticas que prejudicam as pessoas e a assistência à saúde. Os serviços serão fornecidos de acordo a situação, dentro de análise que se faz na regulação”, informou Araújo, acrescentando que a equipe está sendo reforçada e os sistemas de informação e marcação de consultas serão integralmente substituidos pondo fim às inconsistências, falhas, furos, acessos não autorizados, etc.

 

O secretário disse que os novos sistemas informatizados devem começar a operar dentro de 15 a 20 dias. “A regulação, marcação de consultas e exames e outros procedimentos serão feitos a partir das unidades básicas de saúde de acordo as necessidades reais da população sem qualquer interferência externa”, explicou Renan Araújo. Segundo informou, as mudanças determinadas nos sistemas já levam em conta a gestão plena, daí a definição de novos códigos de acesso e geração de relatórios de gestão.

 

Com relação a atenção básica, o secretário de Saúde avalia que tem baixa cobertura e eficácia, com apenas 36%. O diagnóstico revelou que a maioria das unidades básicas de saúde estão em reforma, há descumprimento de carga horária por diferentes categorias de profisssinais de saúde e equipes incompletas, insuficiencia ou inexistência de insumos no Almoxarifado Central, inclusive Saúde Bucal, falta de acesso à Internet e máquinas atualizadas, instrumentais sem funcionalidade por falta de manutenção corretiva e preventiva, falta de água, reservação e bombas d’água e abastecimento irregular por carros-pipas, dentre outras carências.